Diabetes melito (ou simplesmente diabetes) é uma doença do metabolismo da glicose causada pela falta de insulina ou pela ação eficaz desse hormônio. A doença pode aparecer em qualquer idade, suas causas ainda são desconhecidas.
Sintomas:
As manifestações clínicas mais freqüentes de diabetes são:
- Vontade de urinar diversas vezes (poliúria);
- Fome freqüente (polifagia);
- Sede constante (polidipsia);
- Perda de peso inexplicada.
Esses 4 sintomas são chamados”4Ps” do diabetes.
Podem aparecer ainda:
- Fraqueza
- Mudança de humor;
- Náuseas e vômitos.
Diagnóstico:
A maneira correta de fazer o diagnóstico de diabetes é por meio da medida da glicemia do sangue,com amostras colhidas em condições adequadas,em 2 dias diferentes, ou mediante a realização do teste de tolerância oral à glicose.
Sinais ou sintomas sugestivos da doença não são suficientes para fazer o diagnóstico, porque o diabetes podem evoluir durante meses e até anos sem apresentar sintomas.
Os tipos mais importantes de diabetes são:
- diabetes tipo 1;
- diabetes tipo 2;
- diabetes gestacional;
- diabetes associado a outras doenças;
- pré- diabetes.
- Diabetes tipo 1 – Ocorre quando o pâncreas não produz insulina ou quando a produz em quantidades tão pequenas que não é possível manter o funcionamento normal do organismo.Hoje preferimos chamá-lo de “ diabetes insulinodependente”, porque, para controlar as taxas de glicose, é preciso aplicar injeções diárias de insulina.
- Diabetes tipo 2 – É a forma mais comum de diabetes, representa cerca de 85% d
os casos. Está associado ao sedentarismo e à obesidade, mas também apresenta um componente genético. Pessoas com pai ou mãe com diabetes tipo 2 correm mais risco de desenvolver a doença.Quando o tratamento com remédio se tornam necessários, geralmente utiliza-se um comprimido e nem sempre é preciso usar a insulina.
Indicativos de Maior risco:
- Idade acima de 45 anos;
- Sobrepeso ou obesidade com IMC a cima de 25 Kg/m².
- Obesidade central (circunferência da cintura maior que 102cm em homens e 88cm em mulheres).
- Antecedentes familiares(pai ou mãe com diabetes).
- Hipertensão arterial(níveis maiores 14x 9).
- Colesterol descompensado;
- Doenças cardiovasculares, cerebrovascular ou vascular periférica, e outros...
-Diabetes gestacional – Quando a intolerância se instala durante a gravidez.Na maioria das vezes, as paciente votam a apresentar glicemia normal no período pós parto. Mas cerca de 5 a 10 % das mulheres com diabetes gestacional acabarão desenvolvendo diabetes tipo 2.
-Diabetes associado a outras doenças – Doenças como pancreatite alcoólica ou medicamentosa (causada pelo uso de certos medicamentos) podem comprometer a produção de insulina e provocar aumento das taxas de glicose no sangue.
- Pré-diabetes – Existem situações em que o valor da glicemia não é normal, mas não é alto o suficiente para que seja feito o diagnóstico de diabetes.Estima-se que milhões de pessoas se encontram nessa situação.
Pilares do tratamento:
O diabetes é uma doença crônica que requer:
· Cuidados com a alimentação;
· Prática de atividades físicas;
· Tratamento de doenças associadas, como infecções, hipertensão arterial etc...
· Monitoração constante dos níveis de glicemia e realização de exames laboratoriais para avaliar a função renal, o risco de complicações cardiovasculares etc.;
· Uso de medicamentos. Pacientes com diabetes tipo 1 necessitam de injeções de insulina diariamente para controlar os níveis de glicemia como também para garantir a sobrevivência.
ALIMENTAÇÃO
A nutrição é a parte fundamental do plano terapêutico do diabetes.Também é preventiva, principalmente para quem tem propensão à enfermidade.
A dieta ideal se baseia nos princípios de uma Alimentação Saudável:
· A quantidade energética ingerida deve ser adequada à atividade e às necessidades diárias do organismo, sendo fracionada em 5 a 6 porções diárias.
· A ingestão diária deve conter de 50 a 60% de carboidratos, a maior parte em sua forma complexa.
· Pessoas com diabetes devem ser encorajadas a comer alimentos ricos em fibras como frutas verduras legumes, feijões e cereais integrais.
· A ingestão diária de gorduras deve restringir-se a no máximo 30%, sendo que não mais de 1/3 desse valor pode ser sob forma de ácidos graxos saturados. O colesterol não deve exceder a 300mg/dia, o que equivale a 200g de sobre coxa de frango assada (com pele).
· Alimentos com sacarose (açúcar comum) devem ser evitados para prevenir oscilações acentuadas da glicemia.
·A ingestão de álcool deve ser moderada, de preferência com as refeições, de acordo com a Organização Mundial da saúde(OMS), o limite diário é de 1 a 2 doses( 1dose= 1 lata de cerveja = 1 taça de vinho = 1 dose de destilado)Muitos médicos consideram essas doses exageradas.Converse com seu médico.
· adoçantes ( ciclamato, sucralose, acesulfame, sacarina, aspartame, estévia) é seguro, desde que em quantidades moderadas.
· Alimentação diet são livres de sacarose, quando destinados a pessoas diabéticas, mas podem ter valor calórico elevado, por seu teor de gorduras e outros componentes.
· Alimentos light são de valor calórico reduzido em relação aos alimentos convencionais. Os refrigerantes e as gelatinas dietéticas têm valor calórico próximo de zero e podem ser consumidos. Por sua vez, chocolate, sorvete, alimentos com glúten (pão, macarrão, biscoitos), mesmo quando “diet “, são calóricos e seu consumo deve ser moderado.
· Adoçantes calóricos, como a frutose (mel, por exemplo),devem ser usados em quantidades mínimas, respeitando as limitações indicadas na orientação dietética.
Atividade Física:
Os exercícios físicos têm papel importantíssimo no controle do diabetes. Entre outros benefícios, melhoram a sensibilidade à insulina e reduzem fatores de risco cardiovasculares, ajudando a controlar a pressão arterial, os níveis de colesterol e a taxa de glicose no sangue.