A obesidade é uma doença crônica que se desenvolve a partir de uma combinação traiçoeira entre os genes e disponibilidade de alimentos no ambiente em que a pessoa vive e fatores psicológicos.

As principais causas de obesidade são:

  1. GENES – Se na sua família existem várias pessoas obesas, sua chance de se tornar obeso (a) é de pelo menos 30%. Já foram identificados cerca de 250 genes envolvidos no controle de peso do organismo.Os genes no entanto não condenam ninguém à obesidade nem à magreza. A genética explica apenas a tendência a engordar ou a emagrecer com mais facilidade.
  2. DIETA ALIMENTAR – A relação entre a energia proveniente dos alimentos e o peso corpóreo é simples:

ENERGIA INGERIDA – ENERGIA GASTA = ENERGIA ARMAZENADA

O corpo não desperdiça energia. Cada caloria ingerida em excesso será armazenada sob a forma de gordura.

Para o equilíbrio energético do organismo, não faz diferença se as calorias vêm das verduras, legumes, gorduras ou dos carboidratos; o que interessa é o numero total de calorias engeridas.

  1. SEDENTARISMO – A vida sedentária de mulheres e homens modernos é a principalcausa de obesidade. Você pode ser considerado(a) sedentário(a) se:

Passa o dia sentado no trabalho, em casa ou no automóvel;

Não chega a andar 30 minutos 3 vezes por semana;

Mesmo nos sedentários, a movimentação de rotina é responsável pelo consumo de 20 a 30% do total de calorias consumido pelo organismo.Dietas hipercalóricas e falta de atividade física são fatores mais importantes do que os genes, porque causam obesidade independentemente da predisposição genética.

  1. IDADE – Com o passar dos anos, muitos se queixam da tendência para engordar e da dificuldade para emagrecer.Ganhar peso aos 20 ou 30 anos costuma estar associado à redução da atividade física e à manutenção ou ao aumento do número de calorias na dieta. A obesidade é mais comum depois dos 40 anos de idade do que na adolescência, porque a massa muscular diminui progressivamente com a idade.os homens costumam atingir o pico do peso corpóreo ao redor dos 60 anos e mulheres aos 70 anos, acima dessas idade a tendência é de quedas por conta de doenças crônicas perda de apetite, uso de medicamentos, problemas de dentição, vida solitária e outras característica associadas ao envelhecimento.
  2. GÊNERO- Manter o peso constante é mais difícil para as mulheres, porque os homens costumam ter musculaturas mais desenvolvida. Mesmo com o corpo em repouso os

homens queimam de 10 a 20% mais calorias que as mulheres.

  1. GRAVIDEZ – Muitas mulheres queixam de que começaram a ganhar peso depois do nascimento dos filhos. Estudos mostram que 40 a 50% das mulheres obesas atribuem à gravidez o início de seus problemas com a balança.De fato, boa parte das mulheres ganha 2 ou 3 quilos por filho.Emagrecer depois do parto não é impossível. A mulher costuma perder peso já na fase do aleitamento.
  2. METABOLISMO – Como qualquer máquina, o corpo humano gasta energia para exercer suas funções básicas. Mesmo quando estamos imóveis ou dormindo, nosso coração bate, os pulmões se expandem e contraem, os intestinos se movimentam, o cérebro não para de funcionar e as reações químicas que as células precisam realizar, continuam a acontecer.
  3. ALTERAÇÕES HORMONAIS – Muitos atribuem o excesso de peso à preguiça da tireóide em acelerar o metabolismo. Embora o hipotireoidismo descompensado possa provocar retenção de líquido e aumento de peso,a causa da obesidade raras vezes tem a ver com o mau funcionamento da tireóide.Outros distúrbios também podem aumentar a tendência à obesidade, mas eles são responsáveis por menos de 2% dos casos.
  4. MEDICAÇÕES - alguns medicamentos administrados por períodos mais longos podem provocar ganho de peso. O uso de derivados da cortisona e o de certos antidepressivos são os exemplos mais significativos.
  5. PROBLEMAS ORTOPÉDICOS E OUTRAS LIMITAÇÕES FÍSICAS - Lesões ortopédicas e outras doenças que dificultam a locomoção reduzem os níveis de energia que o corpo consumia quando estava em atividade plena.Para manter o peso, os portadores e condições que impõem limites à mobilidade precisam diminuir o número de calorias da dieta adotada anteriormente.
  6. CIGARRO – Estudos mostram que 80 a 85% dos fumantes ganham peso quando deixam de fumar. Neles, o ganho médio é de 3 a 5 quilos.O cigarro acelera o metabolismo e aumenta a energia que o corpo gasta em repouso. Quanto maior o número de cigarros fumados diariamente, maior o aumento do gasto energético.Portanto, se ao largar de fumar você continuar na mesma atividade e comendo como antes, provavelmente engordará. Em hipótese alguma a tendência a aumentar de peso justifica continuar fumando. Os males que o cigarro causa são incomparavelmente mais graves.
  7. FATORES FAMILIARES, CULTURAIS E SOCIAIS – Os hábitos familiares exercem tanta influência no peso corpóreo que fica difícil separar fatores genéticos àqueles relacionados à fartura de alimentos altamente calóricos. Em algumas famílias, a comida ocupa o centro de todas as atenções. Desde o nascimento filhos e netos são estimulados a comerem o máximo que puderem. No tempo em que as crianças corriam pelas ruas o dia inteiro as calorias eram consumidas, hoje acumulam gorduras no corpo paradas diante da TV e das telas de computadores, vídeo games com refrigerantes, doces e salgadinhos à mão.

Frases como: Se você não comer, não cresce”, “Enquanto não limpar o prato não levanta da mesa”, ou “Se não comer tudo não ganha a sobremesa”,contribuem para a disseminação

Da epidemia da obesidade infantil.O ambiente cultural em que vivemos e as relações sociais que cada um de nós estabelecemos influenciam nos hábitos alimentares saudáveis ou nocivos.



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